
Num jogo sem qualquer interesse para as contas finais, Portugal fez uma primeira parte razoável e poderia, em mais de uma ocasião, ter chegado ao golo. Pepe (bola defendida para a trave) e Hélder Postiga estiveram perto de abrir o activo. A 'equipa das quinas' revelou dificuldades na concretização e pode também queixar-se da arbitragem, que não assinalou uma grande penalidade por falta clara sobre Nani e anulou mal um golo limpo a Hélder Postiga.
Por sua vez, do lado suíço também houve perigo. Os helvéticos obrigaram Ricardo a duas intervenções de vulto no primeiro tempo.
Logo no início do segundo tempo, Nani surgiu isolado na cara do guardião adversário e acertou no poste. Depois, Portugal foi adormecendo e a Suíça foi acreditando que se poderia despedir condignamente, com um triunfo no Europeu. Hakan Yakin apareceu então em jogo e fez os dois tentos helvéticos, o segundo de 'penalty'.
No outro enocntro do grupo, a Turquia bateu a República Checa, por 3-2. A perder por 2-0 aos 75 minutos, os turcos não se deram por vencidos e partiram para uma reviravolta historica. Assim sendo, a Turquia garantiu o segundo posto no grupo A e até já tem adversário definido nos quartos-de-final: a Croácia.
Breve apreciação aos jogadores portugueses:
Na baliza, Ricardo esteve muito bem entre os postes, mas sentiu dificuldades nas bolas aéreas. No sector defensivo, Pepe foi a unidade em destaque, realizando uma boa partida.
No meio-campo foi notória a falta de criatividade habitual, com três opções defensivas, o que prejudicou todos os elementos do sector. Fernando Meira rende indiscutivelmente mais a central do que a 'trinco' e foi ele que cometeu a grande penalidade no segundo golo suíço. Raul Meireles esteve apagado e Miguel Veloso sentiu dificuldades pelo facto de jogar mais adiantado que o habitual. João Moutinho entrou nos últimos vinte minutos e ainda deu um pequeno ar da sua graça, pena foi ter sido por tão pouco tempo.
Fotos: Hugo Santos
2 comentários:
Scolari pecou claramente por tanta revolução. Esperava mudanças, mas umas quatro ou cinco no máximo, nunca tantos quanto foram substituídos. Aquilo que o seleccionador tinha referido que pretendia, ou seja mudar mas mantendo uma base ou consistência não foi conseguido devido à mudança radical e isso reflectiu-se no jogo. Foi uma equipa sem grande entrosamento, por vezes baralhada e que na minha opinião não pode de todo ser culpabilizada. Uma situação é entrar um Nani ou Quaresma ou até outro numa equipa titular, outra é mudar radicalmente o onze como o que hoje foi feito! Esperava um pouco mais mesmo assim, mas Hélder Postiga foi de facto muito perdulário na frente! Continua a ser, à imagem das palavras do pantera negra, a posição em que nos falta um jogador matador e que não temos. A derrota no entanto talvez até sirva de alerta e estímulo para outros encontros mais decisivos. Quanto à vitória da Suiça, premeia o esforço e também a qualidade que alguns suiços têm, mas por alguma infelicidade não mostraram no seu todo.
Depois admiram-se de não terem oportunidades, sempre que vai a equipa B dá desgraça
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