Com a qualificação e o primeiro lugar no agrupamento garantidos, Scolari apresentou uma equipa diferente, recorrendo aos habituais suplentes. Ao todo, 'Felipão' introduziu oito mudanças em relação ao confronto com os checos, mantendo apenas no 'onze' Ricardo, Pepe e Paulo Ferreira.Num jogo sem qualquer interesse para as contas finais, Portugal fez uma primeira parte razoável e poderia, em mais de uma ocasião, ter chegado ao golo. Pepe (bola defendida para a trave) e Hélder Postiga estiveram perto de abrir o activo. A 'equipa das quinas' revelou dificuldades na concretização e pode também queixar-se da arbitragem, que não assinalou uma grande penalidade por falta clara sobre Nani e anulou mal um golo limpo a Hélder Postiga.
Por sua vez, do lado suíço também houve perigo. Os helvéticos obrigaram Ricardo a duas intervenções de vulto no primeiro tempo.
Logo no início do segundo tempo, Nani surgiu isolado na cara do guardião adversário e acertou no poste. Depois, Portugal foi adormecendo e a Suíça foi acreditando que se poderia despedir condignamente, com um triunfo no Europeu. Hakan Yakin apareceu então em jogo e fez os dois tentos helvéticos, o segundo de 'penalty'.
No outro enocntro do grupo, a Turquia bateu a República Checa, por 3-2. A perder por 2-0 aos 75 minutos, os turcos não se deram por vencidos e partiram para uma reviravolta historica. Assim sendo, a Turquia garantiu o segundo posto no grupo A e até já tem adversário definido nos quartos-de-final: a Croácia.
Breve apreciação aos jogadores portugueses:
Na baliza, Ricardo esteve muito bem entre os postes, mas sentiu dificuldades nas bolas aéreas. No sector defensivo, Pepe foi a unidade em destaque, realizando uma boa partida.
No meio-campo foi notória a falta de criatividade habitual, com três opções defensivas, o que prejudicou todos os elementos do sector. Fernando Meira rende indiscutivelmente mais a central do que a 'trinco' e foi ele que cometeu a grande penalidade no segundo golo suíço. Raul Meireles esteve apagado e Miguel Veloso sentiu dificuldades pelo facto de jogar mais adiantado que o habitual. João Moutinho entrou nos últimos vinte minutos e ainda deu um pequeno ar da sua graça, pena foi ter sido por tão pouco tempo.
Fotos: Hugo Santos
2 comentários:
Scolari pecou claramente por tanta revolução. Esperava mudanças, mas umas quatro ou cinco no máximo, nunca tantos quanto foram substituídos. Aquilo que o seleccionador tinha referido que pretendia, ou seja mudar mas mantendo uma base ou consistência não foi conseguido devido à mudança radical e isso reflectiu-se no jogo. Foi uma equipa sem grande entrosamento, por vezes baralhada e que na minha opinião não pode de todo ser culpabilizada. Uma situação é entrar um Nani ou Quaresma ou até outro numa equipa titular, outra é mudar radicalmente o onze como o que hoje foi feito! Esperava um pouco mais mesmo assim, mas Hélder Postiga foi de facto muito perdulário na frente! Continua a ser, à imagem das palavras do pantera negra, a posição em que nos falta um jogador matador e que não temos. A derrota no entanto talvez até sirva de alerta e estímulo para outros encontros mais decisivos. Quanto à vitória da Suiça, premeia o esforço e também a qualidade que alguns suiços têm, mas por alguma infelicidade não mostraram no seu todo.
Depois admiram-se de não terem oportunidades, sempre que vai a equipa B dá desgraça
Enviar um comentário