sábado, 30 de junho de 2007

Futsal: Benfica vence Torneio Rui Costa

Os 'encarnados' foram os vencedores da 16.ª edição do torneio que homenageia o 'camisola 10' do clube da Luz, batendo na final o Belenenses, por 3-2.
Ao contrário do que acontecera no jogo de estreia, as 'águias' apresentaram quase todas as suas principais figuras e contaram ainda com os novos reforços Arnaldo e Miguel Almeida, para além de Rui Costa.
O Belenenses adiantou-se no marcador por Drula, tendo o Benfica chegado à igualdade por Gonçalo, após assistência do 'Maestro', à beira do intervalo.
Na segunda parte, Drula voltou a dar vantagem aos 'azuis', mas a formação da Luz viria a dar a volta ao marcador. Rui Costa restabeleceu a igualdade e Zé Maria fez o 3-2 final.
Como curiosidade, refira-se que o 'camisola 10' do Benfica actuou durante 32 minutos (a primeira meia hora e os últimos dois minutos).
Nota final para o encontro relativo à discussão dos terceiro e quarto lugares, em que o Odivelas venceu o Damaia Ginásio Clube pelos mesmos números do embate da final.

Foto: Hugo Manita

sexta-feira, 29 de junho de 2007

David Caiado mais uma época no Estoril: "Penso que foi a opção correcta para evoluir"

David Caiado vai continuar a representar o Estoril, por empréstimo do Sporting, em 2007/2008. O jogador falou ao Rola a Bola sobre a sua continuidade na Amoreira: “Deve-se a dois factos que, quanto a mim, são muito importantes: tanto o treinador [Tulipa] como a direcção manifestaram muito interesse em que representasse o clube; por outro lado, o Sporting considera o Estoril, e o seu treinador, o mais indicado para mim. Depois, há ainda um factor secundário que é já conhecer a casa.”
Não obstante ter convites de emblemas do primeiro escalão e de outros com maiores ambições na Liga de Honra, a opção do extremo teve também como base a perspectiva futura de regressar a Alvalade. “Penso que se fosse um jogador livre, teria optado por um clube de maior dimensão, visto que tive propostas. Mas sendo emprestado pelo Sporting, penso que foi a opção correcta para evoluir, pois o meu objectivo a curto prazo passa por voltar ao Sporting”, salienta o habilidoso futebolista.
E quanto às metas a atingir na época que vai começar brevemente? “O objectivo passa por ajudar o Estoril a atingir os objectivos. Depois, espero não ter lesões para fazer muitos jogos e marcar dez golos.” Contudo, David Caiado não faz desta marca uma promessa aos adeptos ‘canarinhos’, dizendo que se trata apenas de “um objectivo”. O único comprometimento que o internacional jovem assume com os aficionados do clube é “trabalhar para ajudar.”
Tendo contribuído para o apuramento da selecção sub-20 para o Mundial, o extremo foi um dos preteridos na lista final que rumou ao Canadá. Como reagiu o jogador a este afastamento? “Foi com tristeza que recebi a noticia, principalmente por duas razoes: pelo facto de ter sempre feito parte daquele grupo e ter de o abandonar de um momento para o outro; depois, porque sinto que merecia estar lá... Apesar de ter tido uma época complicada com lesões, merecia fazer parte do grupo e penso que até podia ser importante. Mas são opções e, tal como disse aos meus colegas, desejo-lhes tudo de bom, porque se estão lá é porque têm qualidade”, conta.
A finalizar, David Caiado, que muitos apelidam de ‘novo Cristiano Ronaldo’, fala da comparação com o futebolista do Manchester United. “Sinto-me orgulhoso e, de certa forma, motiva-me muito, até porque olho para o Cristiano, para além de amigo, como sendo um ídolo. Quem me dera poder fazer um dia o que ele fez até hoje pelo futebol português e até por Portugal…”, conclui o jovem de 20 anos.

Foto: cedida pelo jogador

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Em foco: Paulo Bento, números confirmam o bom trabalho


Foi a 23 de Outubro de 2005 que Paulo Bento se estreou no comando técnico da equipa principal do Sporting (com um empate 2-2 frente ao Gil Vicente), após ter sido campeão nacional como treinador dos juniores no ano anterior. Desde essa data, Paulo Bento conquistou uma Taça de Portugal (na época que há pouco findou) e tem sido bastante elogiado por diversos intervenientes no meio futebolístico. Os números atestam o bom trabalho do treinador leonino. Em 74 jogos sentado no banco dos ‘leões’, o técnico regista 66 % de vitórias, 23% de empates e 11% de derrotas, com uma média de 1,7 golos marcados e 0.6 sofridos por partida.

TODOS OS NÚMEROS DE PAULO BENTO

LIGA PORTUGUESA

Jogos: 57
Vitórias: 38
Empates: 14
Derrotas: 5
Golos: 96-30

TAÇA DE PORTUGAL

Jogos: 11
Vitórias: 10
Empates: 1
Derrotas: 0
Golos: 25-7

LIGA DOS CAMPEÕES

Jogos: 6
Vitórias: 1
Empates: 2
Derrotas: 3
Golos: 3-6

TOTAL


Jogos: 74
Vitórias: 49
Empates: 17
Derrotas: 8
Golos: 124-43

Foto: Hugo Santos

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Estatística: Campeonato holandês é onde mais se marca na Europa

Fernando Gomes, antiga glória do futebol português, comparou uma vez a obtenção de um golo a um orgasmo. E foram muitos os remates certeiros do bi-bota de ouro ao longo da sua brilhante carreira, sobretudo ao serviço do Porto e alguns ainda com a camisola so Sporting, clube onde 'pendurou as chuteiras'.
Efectivamente, os remates certeiros são a grande essência do 'desporto-rei'. Terminadas as principais ligas da Europa, torna-se interessante saber quais foram, em 2006/2007, as mais e menos ricas no capítulo de jogo que mais faz vibrar os adeptos.
Analisando os 15 principais campeonatos do 'Velho Continente', segundo o ranking da UEFA (com excepção da Rússia, cuja competição se encontra ainda na fase inicial), podem retirar-se algumas conclusões interessantes. A Holanda surge no topo das ligas europeias no que a golos diz respeito. No campeonato do 'país das tulipas' foram apontados, em média, cerca de três tentos por partida (2.99). Coincidência ou não, o certo é que a escola holandesa é pródiga na formação de pontas-de-lança de alto nível, como atestam alguns exemplos como Van Basten, no passado, Van Nistelrooy e Huntelaar.
Seguidamente, surgem nesta lista a Bélgica (2.78) e a Alemanha (2.73). Com estes dados, pode tirar-se mais uma conclusão: como os três primeiros posicionados neste estudo são países da Europa Central, esta é a região europeia onde mais se concretiza.
Depois vêm as potências e aqui verifica-se uma surpresa. O campeonato italiano, tido por muitos como excessivamente defensivo, registou maior média de golos que o espanhol e o inglês. No 'calcio' a média de tentos por desafio foi de 2.55, em Espanha esse valor foi de 2.47 e na Premier League foi de 2.45, curiosamente o mesmo número que se regista na Escócia, a outra liga britânica analisada.
Quanto ao campeonato português, encontra-se no décimo posto desta tabela, tendo ainda à sua frente as ligas turca e grega. Portugal teve uma média de 2.3 golos por jogo, número idêntico ao que se registou na Roménia.
Por fim, e talvez surpreendentemente, surge a França. O 'Championnat' apresentou um valor de 2.25 tentos por embate, superando apenas as ligas checa e ucraniana.

TABELA DE MÉDIA DE GOLOS POR CAMPEONATO

1.º Holanda (2.99) - 915 golos em 306 jogos
2.º Bélgica (2.78) - 853/306
3.º Alemanha (2.73) - 837/306
4.º Itália (2.55) - 969/380
5.º Espanha (2.47) - 942/380
6.º Inglaterra (2.45) - 931/380 e Escócia (2.45) - 560/228
8.º Turquia (2.4) - 736/306
9.º Grécia (2.32) - 558/240
10.º PORTUGAL (2.3) - 554/240 e Roménia (2.3) - 706/306
12.º França (2.25) - 855/380
13.º República Checa (2.22) - 534/240
14.º Ucrânia (2.14) - 515/240

Foto: Hugo Santos

terça-feira, 26 de junho de 2007

Internacional: Copa América arranca esta terça-feira

Começa esta noite, na Venezuela, a 42.ª edição da principal competição de selecções do continente americano. Mais uma vez, a prova - que se disputou pela primeira vez em 1916 - conta com a presença de alguns 'portugueses', espalhados por cinco das 12 equipas que participam no evento. Os portistas Helton (Brasil), Lucho (Argentina) e Fucile (Uruguai), o maritimista Eder Perez (Venezuela), o bracarense Alberto Rodriguéz (Perú) e o recente reforço benfiquista Óscar Cardozo (Paraguai) vão representar o campeonato luso na competição. Para além destes, há mais participantes na Copa América que já passaram pelo futebol português: Sanchéz, seleccionador da Bolívia, (ex-Benfica e Boavista), os também bolivianos Ronald Garcia (ex-Benfica e Alverca) e Mojica (ex-Paços de Ferreira), os brasileiros Diego e Anderson (ambos ex-Porto), os argentinos Ibarra (ex-Porto) e Heinze (ex-Sporting) e o chileno Tello (ex-Sporting).

OS GRUPOS
Grupo A: Bolívia, Perú, Uruguai e Venezuela
Grupo B: Brasil, Chile, Equador e México
Grupo C: Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Paraguai

ARGENTINA E URUGUAI SÃO OS MAIS VITORIOSOS
Detentor do título, conquistado no Perú, em 2004, o Brasil, por estranho que possa parecer, está longe de ser a selecção mais titulada na Copa América. Apesar de dominarem nos triunfos em Mundiais, os 'canarinhos' são somente terceiros no ranking de vencedores da competição americana, com sete vitórias. Argentina e Uruguai são os líderes deste registo, com 14 triunfos para cada. Paraguai, Perú (ambos com dois títulos), Bolívia e Colômbia (com uma vitória cada) são os restantes conjuntos que já levantaram esta Taça.

AS FIGURAS

Certamente que a presença dos 'astros' brasileiros Ronaldinho e Kaká daria mais brilho a esta competição. Contudo, e apesar das ausências destes dois jogadores, há muitas mais 'estrelas' capazes de deliciar os amantes do 'desporto-rei'. Por exemplo, entre outros, os uruguaios Fórlan (Villarreal) e Recoba (Inter Milão), os peruanos Farfan (PSV Eindhoven) e Pizarro (ex-Bayern Munique e novo reforço do Chelsea), os brasileiros Diego (Werder Bremen) e Robinho (Real Madrid), o mexicano Rafael Márquez (Barcelona), os argentinos Crespo (Inter Milão), Riquelme (Boca Juniors) e Messi (Barcelona) e o paraguaio Santa Cruz (Bayern Munique).

Fotos: Hugo Santos

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Pergunta da semana: Qual dos 'grandes' tem garantido melhores reforços?

O Porto é o maior comprador dos três, mas Sporting e Benfica têm estado também a apostar forte neste defeso. Os 'dragões' têm dado especial atenção ao mercados nacional e sul-americano, no qual o Benfica também tem contratado. Já os leões têm dado primazia ao mercado russo e aos empréstimos. Em seu entender, qual dos três 'grandes' tem estado melhor no capítulo dos reforços?
Deixe aqui a sua opinião.

Recordo aqui as contratações dos três clubes

PORTO

Guarda-redes: Nuno (Aves) e Ventura (juniores*)
Defesas: Lino (Académica)
Médios: Fernando (Vila Nova, Brasil), Kazmierczak (Boavista), Leandro Lima (São Caetano, Brasil), Castro (juniores*) e Luís Aguiar (Liverpool de Montevideu, Uruguai).
Avançados: Edgar (Beira-Mar)

SPORTING

Defesas: Paulo Renato (Real Massamá*) e Gladstone (Cruzeiro, Brasil**)
Médios: Yannick Pupo e Adrien (Juniores*), Vukcevic (Saturn, Rússia**) e Izmailov (Lokomotiv Moscovo**)
Avançados: Derlei (Dínamo Moscovo, Rússia)

BENFICA


Defesas: Zoro (Messina, Itália)
Médios: Fábio Coentrão (Rio Ave) e Manuel Fernandes (Everton, Inglaterra*)
Avançados: Óscar Cardozo (Newell's Old Boys, Argentina), Yu Dabao (juniores) e Bergessio (Racing Avellaneda, Argentina)

* já eram pertença do clube
** emprestados

Um grande obrigado a todos...

Caros leitores, foi com enorme satisfação que recebi hoje uma notícia de um amigo. Apesar de ter o jornal em casa, este facto passou-me ao lado: o Rola a Bola (com o texto de opinião "Rui Costa, um Senhor") foi mencionado no passado sábado, no Record Extra. É para mim um motivo de orgulho e um importante tónico psicológico na luta pelo regresso ao activo no mercado de trabalho jornalístico e, ao mesmo tempo, em continuar a satisfazer o prazer de quem lê o meu blog com assiduidade. Por isso, volto a agradecer a todos os que o consultam e divulgam. Este blog é meu, mas também é um espaço vosso.
Muito obrigado

Um abraço a todos os leitores

Futsal: Benfica faz o pleno ao vencer o Campeonato


Um golo solitário de Zé Maria, logo aos quatro minutos de jogo, foi suficiente para o emblema da Luz 'roubar' ao 'eterno rival' o título que lhe pertencia.
Se no encontro de sábado,o Sporting, em vantagem no marcador, fez da defesa a sua principal arma, no terceiro, e decisivo, desafio da final, os 'encarnados' responderam da 'mesma moeda'. O 1-0 obtido na fase inicial da partida, resultado pouco habitual no futsal, foi mantido até final pela equipa da casa, valendo-lhe a conquista do Campeonato.
Apesar de o recurso à 'negra' ter acontecido pela primeira vez, ainda não foi desta que uma equipa que não terminou a fase regular no primeiro lugar fez a festa do título.
Assim sendo, o Benfica sagrou-se pela terceira vez campeão nacional na modalidade (já o havia sido em 2003 e 2005), em seis anos de existência no clube, e conquistou as três provas em que participou: Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça. Uma autêntica temporada de sonho para o conjunto comandado por Adil Amarante.

RESULTADOS DA FINAL:

Sporting - Benfica, 1-4 (Evandro; Ricardinho [3] e Pedro Costa)
Benfica - Sporting, 1-2 (Ricardinho [g.p.]; David e Rogério Vilela [p.b.])
Benfica - Sporting, 1-0 (Zé Maria)

DADOS DO BENFICA NO CAMPEONATO

Jogos: 33
Vitórias: 27
Empates: 3 (vitória num dos jogos, mas em penalties)
Derrotas: 3 (todas frente ao Sporting)
Maior vitória: 13-0 (fora) ao Braga (17.ª jornada)
Maior derrota: 1-2 frente ao Sporting (2.ª e 15.ª jornadas e jogo 2 da final)
Golos marcados no total: 187
Golos sofridos no total: 79
Melhor marcador: Ricardinho 49 golos (33 jogos)
Jogador mais utilizado como titular: Ricardinho (30 jogos)
Jogador com mais jogos: Ricardinho (33 jogos)
Posição na fase regular: 1.º (68 pontos)

OS CAMPEÕES NACIONAIS 2006/2007

Plantel: Bebé, Carlos Paulo e José Carlos (Guarda-redes), Rogério Vilela, Pedro Costa, André Lima, Zé Maria, Gonçalo Alves, Ricardinho, Renan, Sidnei, Jony, Estrela, João Marçal e Amandus.
Treinador: Adil Amarante
Treinador-adjunto: Nelito





SPORTING É O CLUBE COM MAIS TÍTULOS
O emblema de Alvalade é o recordista de títulos no futsal/futebol de salão. Os 'verde-e-brancos' foram campeões oito vezes, mais segundo que o Benfica, segundo da lista. Contudo, os 'encarnados' só entraram na modalidade em 2001/2002, enquanto que os 'leões' já competem nos pavilhões desde 1990/91. Correio da Manhã, Miramar, Santos da Venda Nova e Freixieiro são os outros clubes que já saborearam a conquista do Campeonato.
Eis o ranking de vencedores:
1.º Sporting (8 títulos: 1991, 1993, 1994, 1995, 1999, 2001, 2004 e 2006)
2.º Benfica (3 títulos: 2003, 2005 e 2007)
3.º Correio da Manhã (2 títulos: 1996 e 1998) e Miramar (2 títulos: 1997 e 2000)
5.º Santos da Venda Nova (1 título: 1992) e Freixieiro (1 título: 2002)

Fotos: Hugo Manita

sábado, 23 de junho de 2007

Futsal: Sporting vence na Luz e força 'negra'

Ao bater o Benfica, este sábado, por 2-1, os 'leões' obrigaram à realização de um terceiro jogo na final, facto inédito na modalidade.
Os pupilos de Paulo Fernandes começaram o encontro da melhor maneira, ganhando avanço logo na fase inicial. Davi aproveitou um mau alívio de Bebé e inaugurou o 'placard'. O Benfica partiu em busca da igualdade, mas sentia dificuldades em furar a defensiva leonina e, quando o conseguia, esbarrava em Cristiano, que voltou a realizar soberba exibição. No entanto, a insistência dos homens da casa seria premiada com o empate. Bibi derrubou André Lima no interior da área 'verde-e-branca' e Ricardinho, na transformação do castigo máximo, fez o 1-1.
Este resultado seria, porém, 'sol de pouca dura', visto que, imediatamente a seguir, o Sporting lograria colocar-se de novo na frente. Rogério Vilela viu a bola ressaltar-lhe na perna, após defesa incompleta de Bebé a um livre, e fez autogolo. Estava feito o 2-1, desfecho com que se chegaria ao intervalo e que seria inalterável no segundo tempo. Nesse período, a formação de Alvalade foi praticamente inexistente em termos ofensivos, mas controlou o seu espaço defensivo de forma quase perfeita. A excepção foi um remate de Ricardinho à barra e um lance em que, alegadamente, Zézito terá cortado, sobre a linha de golo, um remate com braço.
Desta forma, a decisão do Campeonato ficou adiada para domingo, às 19.30, de novo no recinto do Benfica.

Foto: Futsalsporting.com

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Em foco: Manuel Fernandes pode estar de regresso à Luz

Apesar de ter falhado uma grande penalidade, no desempate com a Itália, em partida a contar para o 'playoff' olímpico, o médio benfiquista foi uma das figuras da Selecção Nacional e até do Europeu de sub-21.
Agora, um ano depois de ter deixado a Luz, Manuel Fernandes pode estar de volta à casa-mãe. O jogador já admitiu o interesse em retornar a vestir de 'águia ao peito' e Fernando Santos também poderá ver este facto com 'bons olhos', visto constituir, sem dúvida, uma mais-valia para o plantel 'encarnado'. Após uma temporada em Inglaterra, onde representou o Portsmouth e o Everton, ambos por empréstimo, o internacional português não parece estar na disposição de ser cedido temporariamente ao outro emblema. Por outro lado, o Benfica também não demonstra grande interesse abrir mão do atleta numa situação semelhante.

MANUEL FERNANDES EM 2006/2007

O 'camisola 37' do Benfica integrou o estágio de pré-temporada da formação da Luz, mas viria a ingressar por empréstimo no Portsmouth, quando recuperava de uma intervenção cirúrgica para debelar uma pubalgia. Tal facto, impediu-o de alinhar desde o início da época. Contudo, Manuel Fernandes apareceu em grande e deixou bem vincado o seu valor aos adeptos 'Pompeys'. Logo na estreia, ante o Mansfield, em jogo referente à Taça da Liga, o médio luso apontou um dos tentos da vitória, por 2-1. Daí em diante, foi-se impondo na equipa comandada por Harry Redknapp, mas, na fase final da sua estadia em Portsmouth, viria a ser prejudicado por uma cláusula contratual que fez com que não fosse utilizado para não ter que ser automaticamente contratado em Janeiro. No total, Manuel Fernandes fez 12 jogos (10 na Premier League e dois na Taça da Liga) - dos quais sete foram completos e nove na condição de titular -, tendo apontado um golo nos 772 minutos em que jogou no clube onde também actua Pedro Mendes.
A segunda metade da temporada seria passada em Liverpool, ao serviço do Everton. Nos 'tofees', Manuel Fernandes ganhou facilmente o seu espaço, mas uma lesão impediu-o de realizar mais desafios. Porém, nos quatro meses em que esteve em Goodison Park foi utilizado nove vezes, oito delas como titular, completando os 90 minutos em quatro desses encontros. O internacional português vestiu, na totalidade, a camisola do Everton durante 716 minutos, todos na Premier League, tendo marcado por duas vezes, ao Watford e ao Manchester United.
Para encerrar a época, o centrocampista fez parte da equipa de sub-21 que representou Portugal no Campeonato Europeu da categoria. Manuel Fernandes participou nos quatro jogos da Selecção Nacional, jogou 381 minutos (falhou apenas nove) e marcou um golo.

NÚMEROS DA TEMPORADA
Jogos: 25 (12 Portsmouth, 9 Everton e 4 Selecção)
Jogos a titular: 19(7 Portsmouth, 8 Everton e 4 na Selecção)
Jogos como suplente utilizado: 6 (5 no Portsmouth e 1 no Everton)
Jogos completos: 14 (7 Portsmouth, 4 no Everton e 3 na Selecção)
Jogos incompletos: 11 (5 no Portsmouth, 5 no Everton e 1 na Selecção)
Minutos: 1869 (772 no Portsmouth, 716 no Everton e 381 na Selecção)
Golos: 4 (1 pelo Portsmouth, 2 pelo Everton e 1 pela Selecção)

Foto: Hugo Santos

Sub-21: Outra vez a Itália...

Sorte nula. Este é o título de um filme português que ilustra bem o que aconteceu aos pupilos de José Couceiro, em Nijmegen. Os transalpinos voltaram a ser a 'besta negra' para as aspirações lusas, desta feita no que concerne à qualificação olímpica. Depois de uma igualdade sem golos nos 120 minutos de jogo, na lotaria das grandes penalidades, os italianos foram mais felizes e venceram por 4-3. Porém, a Selecção Nacional, não obstante ter sido ineficaz na concretização, pode também queixar-se da falta daquela 'pontinha de sorte' sempre essencial em qualquer jogo.
Na primeira parte, Portugal foi superior, criando algumas boas situações para chegar ao intervalo em situação de vantagem. Após o descanso, a 'squadra azurra' conseguiu equilibrar o encontro, mas sofreu duro golpe com a expulsão de Rossi (jogador do Manchester United de quem se diz estar na mira do Porto), por acumulação de amarelos, aos 74 minutos. Mas a superioridade numérica não seria aproveitada pela equipa lusa no tempo regulamentar que restava, nem no prolongamento. Remetidos à sua defesa, os italianos viram ainda Yannick esbanjar soberana ocasião para marcar a escassos minutos do final do tempo extra. Assim, e apesar da supremacia portuguesa nos remates, nos cantos e no tempo de posse de bola, o jogo teve que ser decidido nos 'penalties'. João Moutinho, Nani e Miguel Veloso converteram os seus remates em golo, enquanto Manuel Fernandes permitiu a defesa de Viviano e Antunes atirou ao lado. Por sua vez, os transalpinos foram totalmente eficazes nos quatro 'tiros' que efectuaram, vencendo, assim, por 4-3, e carimbando o passaporte para os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.

PORTUGAL - ITÁLIA, 0-0 (3-4, g.p.)

Estádio Goffert, em Nijmegen (Holanda)
Árbitro: Stepháne Lannoy (França)

PORTUGAL – Paulo Ribeiro; João Pereira (Yannick, 106'), Manuel da Costa (Rolando, 85'), Semedo e Antunes; Miguel Veloso, Manuel Fernandes e João Moutinho; Varela, Nani e Vaz Tê (João Moreira, 70').
Treinador: José Couceiro
ITÁLIA – Viviano; Motta, Andreolli, Chiellini e Criscito; Motolivo, Nocerino e Aquilani; Rosina (Padallino, 61'), Rossi e Pazzini (Pelle, 54').
Treinador: Pierluigi Casiraghi
Acção disciplinar: Cartão amarelo a Rossi (29' e 74'), Manuel da Costa (49'), Aquilani (75'), Chiellino (85'), Manuel Fernandes (111') e João Moutinho (120'). Cartão vermelho a Rossi (74').
Resultado final: 0-0
Grandes penalidades: 3-4 (1-0, João Moutinho; 1-1, Pelle; 2-1, Nani; 2-2, Montolivo; Manuel Fernandes falhou; 2-3, Criscito; 3-3, Miguel Veloso; 3-4, Palladino; Antunes falhou)

Foto: Hugo Santos

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Sub-21: Historial de confrontos entre portugueses e italianos

Esta quinta feira, a Selecção Nacional de 'esperanças' defronta a sua congénere italiana, num jogo que decidirá qual das duas formações estará presente nos próximos Jogos Olímpicos 2008, em Pequim (China).
Terceiros classificados na fase de grupos, lusos e transalpinos têm, neste encontro, a possibilidade de conseguir algo em terras holandesas, depois de goradas as expectativas que ambos os conjuntos tinham em chegar longe no Campeonato da Europa.
Com uma vitória, um empate, uma derrota e cinco tentos marcados nos três jogos realizados no Europeu, a única diferença nos números entre as duas selecções está nos golos sofridos: Portugal sofreu três e a Itália concedeu quatro.
Para este encontro, José Couceiro não poderá contar com Hugo Almeida, sendo que provavelmente será Vaz Té a jogar na posição mais adiantada do ataque luso.
A missão portuguesa antevê-se complicada, não só porque terá pela frente uma equipa com cinco títulos no escalão sub-2 - sendo a recordista de vitórias -, mas também porque as estatísticas nos duelos com os transalpinos não são famosas.
Foram 11 os duelos entre as duas selecções na categoria de 'esperanças', sendo que desses embates resultaram apenas três vitórias nacionais, sete triunfos italianos (um deles na final, em 1994) e um empate. Esta superioridade da 'squadra azzurra' reflecte-se bastante igualmente no que concerne a golos: 21 contra 9.
Curiosamente há dois factos a registar: as três vitórias lusas tiveram lugar em jogos realizados em casa; Portugal nunca ganhou nos três prélios disputados em campo neutro, somando um empate e duas derrotas.

HISTORIAL DE CONFRONTOS
Euro'78 (Qualificação)
Portugal - Itália, 1-0
Itália - Portugal, 4-1

Euro'88 (Qualificação)
Portugal - Itália, 1-2
Itália - Portugal, 6-0

Euro'94

Qualificação:
Portugal - Itália, 2-0
Itália - Portugal, 2-1
Final:
Itália - Portugal, 1-0 (a.p.) - campo neutro (França)

Euro'96 (Quartos-de-final)
Portugal - Itália, 1-0
Itália - Portugal, 2-1

Euro'2002 (Fase grupos)
Itália - Portugal, 1-1 - campo neutro (Suíça)

Euro'2004 (Meia-final)

Itália - Portugal, 3-1 - campo neutro (Alemanha)


Foto: Hugo Santos

terça-feira, 19 de junho de 2007

Opinião: Rui Costa, um Senhor

Se Joe Berardo tem, como qualquer apreciador de futebol, direito a opinar sobre a qualidade e utilidade de um futebolista dentro de uma equipa, a forma como falou sobre Rui Costa é de uma falta de sensibilidade e de respeito gritante.
O empresário pode achar que Rui Costa não tem condições para servir o Benfica dentro das quatro linhas. Certamente que alguns têm a mesma opinião, enquanto que muitos outros não comungam dessa ideia. O que não pode fazer, muito menos quando se define como benfiquista, é referir-se a uma das grandes figuras do clube da Luz, mandando-o lixar, para não traduzir de outra forma a expressão que proferiu em inglês, e colocando em causa a paixão do ‘Maestro’ ao seu clube de coração.
Rui Costa não merece. Pelo que já deu ao Benfica. Pelo que já deu ao futebol português. Pela carreira brilhante, a todos os níveis, que tem efectuado. Pela conduta impecável que sempre o norteou em todas as fases e sítios por onde passou.
Dizer o que disse Joe Berardo é uma ofensa a Rui Costa, mas mais: é uma ofensa a quem gosta de futebol e sempre se habituou a admirar, independentemente da cor do coração, um dos grandes exemplos desportivos para a juventude deste pequeno País à beira-mar plantado.
Em 1994, Rui Costa foi transferido do Benfica para a Fiorentina. Numa altura em que os cofres da Luz estavam cheios de ar, algum capitalista com mais amor que Rui Costa ao Benfica se predispôs sequer a emprestar dinheiro ao clube? Rui Costa rendeu ao Benfica 1.2 milhões de contos, o que na época era uma quantia muito acima do valor que esses números têm hoje. Trocou o Benfica pela Fiorentina, aos 22 anos, quando, se calhar, haviam outros emblemas mais poderosos interessados nos seus préstimos, mas que não estavam na disposição de proporcionar o mesmo encaixe financeiro ao clube da Luz.
Dizer que Rui Costa se quisesse ajudar o Benfica tinha regressado ao Benfica aos 25 anos é completamente descabido. Completamente irreal no contexto futebolístico e até profissional de qualquer ser humano. Naturalmente qualquer pessoa tenta garantir o seu futuro – e da sua família - e afirmar a sua qualidade e valor profissional nos mais altos patamares da profissão. Isso é condenável?
Ainda assim, ao longo dos anos, Rui Costa sempre reafirmou a sua paixão ao clube e a sua vontade de regressar a casa. Não foram vãs promessas. Cumpriu, regressando à Luz quando todas as premissas o permitiram: quando pôde, quando o deixaram regressar e quando quiseram que regressasse.
Tornou real o sonho de um estádio que ansiava pelo seu regresso, quando poderia ter cumprido mais um ano de contrato no Milão. Preferiu perder dinheiro e voltar ao seu Benfica, quando muitos outros jogadores fazem votos de paixão a um clube, mas na ‘hora da verdade’ preferem continuar a encher os cofres.
Por tudo isto (qualidade profissional e postura como homem), foi tão admirado em Florença e Milão e tão desejado na Luz.
Para mim, que adoro futebol, é um orgulho tê-lo na Liga portuguesa, mesmo aos 35 anos. Para ele, o meu aplauso.

PS – Aguardo com alguma expectativa pela resposta de Rui Costa a estas infelizes declarações a seu respeito. Tenho, contudo, a certeza que de que será uma resposta ao nível daquilo a que nos habituou: um Senhor!

Fotos: Hugo Manita

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Opinião: Os 'pecados' de Couceiro

No passado sábado não estive em casa e só domingo pude retomar a minha escrita neste blog. Por esse motivo, ainda não havia falado na eliminação da Selecção Nacional de 'esperanças' no Campeonato da Europa. A minha previsão após o jogo diante da Bélgica, e aqui expressada no Rola a Bola, na passada quinta-feira, confirmou-se. Pois é, Portugal bateu, tranquilamente, Israel, enquanto holandeses e belgas empataram. Assim sendo, os portugueses ficaram arredados das meias-finais do Europeu de sub-21, naquele que era, segundo o seleccionador, o primeiro objectivo do conjunto luso.
Felizmente, com a ‘ajuda’ dos ingleses, a bandeira portuguesa poderá ainda marcar presença nos Jogos Olímpicos no ‘desporto-rei’. Para tal, é preciso bater a Itália, na próxima quinta-feira, tarefa que não se antevê nada fácil.
Mas para já, vou aqui expor, aqueles que, na minha óptica, foram os principais erros de José Couceiro nesta prova.

Ausência de um sistema de jogo: Ao entrar numa grande competição, uma equipa deve ter um determinado sistema de jogo tipo, implementado, completamente rotinado e bem assimilado pelos jogadores. Claro que deve possuir alternativas que poderá aplicar dentro de cada jogo, de acordo com os desenvolvimentos do mesmo. A selecção portuguesa não tinha sequer um sistema de jogo padronizado, quanto mais sistemas alternativos válidos. Veja-se a diferença entre o jogo com a Bélgica e o jogo com a Holanda. Iniciámos em 4-4-2 com os belgas e utilizámos um 4-2-3-1 com os holandeses. E atenção: não confundir sistema com modelo!

Escolhas erradas de alguns jogadores: Algumas opções relativas à escolha de jogadores são, no mínimo, discutíveis. Deixo aqui apenas alguns exemplos: Paulo Ribeiro passou dois anos sem jogar, será que não existia nenhuma alternativa mais credível para a baliza? A escolha de Amoreirinha para jogar como lateral-direito frente à Holanda não se compreende. Já deu para perceber há muito tempo que o novo jogador do Cluj é defesa-central e que não rende na lateral. Será que só eu vejo isto? No mesmo jogo a inclusão de Ruben Amorim no lado direito do meio-campo foi uma opção inédita. Já alguém o viu jogar naquele lugar no Belenenses?

Falta de mentalidade ganhadora: Ao contrário do que dizem os elementos da equipa nacional, não foi no jogo com a Holanda que Portugal perdeu o apuramento. Essa eliminação aconteceu no primeiro jogo. Perder com os holandeses, campeões em título e equipa anfitriã, obviamente é um mau resultado, mas não me parece algo assim tão surpreendente. O empate com os belgas foi, na altura, considerado um bom resultado pelos elementos da equipa, mas foi determinante para o afastamento. Ganhando esse jogo, Portugal garantia a qualificação. Faltou a José Couceiro incutir, no tempo certo, mentalidade ganhadora ao grupo.

Desculpas com as arbitragens: Irritam-me as desculpas com as arbitragens, sobretudo quando se joga mal. Eventualmente ficou um penalty por marcar no jogo com a Holanda, por derrube sobre João Moutinho. Isso é certo e poderia mudar o rumo das coisas. Verdade. Porém, esse lance influenciou os fraquíssimos 40 minutos anteriores? Obviamente que não, e, quando essa jogada ocorreu, Portugal já poderia estar com dois ou três golos de desvantagem sem qualquer responsabilidade da arbitragem.

domingo, 17 de junho de 2007

Internacional: Real Madrid campeão espanhol

Os 'merengues' sagraram-se este domingo campeões espanhóis pela 30.ª vez na história, recuperando o título que lhes fugia desde 2003.
Contudo, a conquista do ceptro não foi fácil. O Real Madrid sabia que vencendo o Maiorca seria campeão, mas ao intervalo perdia por 0-1, enquanto o Barcelona já goleava o Nastic por 3-0.
Na etapa complementar, os 'brancos' dariam a volta ao marcador e chegaram ao 3-1. Reyes, uma das desilusões da temporada, tornou-se a figura maior na noite ao bisar, pelo meio já Diarra havia colocado os pupilos de Capello na frente do marcador e da tabela.
Resta salientar que o Barcelona venceu por 5-1, enquanto que o Sevilha, que ainda tinha remotas esperanças de chegar ao título, foi derrotado (0-1) em casa pelo Villarreal.

Ranking de vencedores da Liga espanhola:

1. Real Madrid (30)
2. Barcelona (18)
3. Atlético Madrid (9)
4. Atlético Bilbao (8)
5. Valência (6)
6. Real Sociedad (2)
7. Bétis, Sevilha e Corunha (1)

Futsal: Benfica goleia Sporting e fica a um passo do título

No primeiro jogo da final do 'playoff' do Campeonato, os 'encarnados' deslocaram-se a Loures e bateram o eterno rival por 4-1.
O jogo nem começou mal para os pupilos de Paulo Fernandes. Aos quatro minutos, Evandro abriu o activo e deu vantagem ao Sporting. Contudo, mais uma vez, a maior capacidade individual dos benfiquistas fez a diferença. Neste particular, Ricardinho foi, sem dúvida, o homem do jogo. O 'camisola dez' da formação da Luz fez três golos (15', 25' e 28') e deu por completo a volta ao encontro. Mas as 'águias' não ficariam por aqui: Pedro Costa (34') apontou o quarto tento 'encarnado' e fechou o marcador.
Face a este desfecho, o Benfica fica a uma vitória do título. O segundo desafio terá lugar no sábado e o terceiro, caso necessário, no domingo. Mas uma coisa é certa, a decisão do título passará sempre pela Luz, que será sempre o palco do derradeiro jogo da prova, seja ele o segundo ou o terceiro.

Foto: Futsalsporting.com

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Entrevista - Paulo Fernandes: "Espero uma vitória"

Neste domingo, Benfica e Sporting disputam, em Loures, o primeiro encontro relativo à final do ‘playoff’ do Campeonato Nacional.
Na opinião de Paulo Fernandes, técnico leonino, este “primeiro jogo pode ser importante, mas não determinante.” Aliás, na meia-final os ‘leões’ venceram a eliminatória nos dois encontros fora, depois de uma derrota caseira no primeiro embate. Para o confronto com o rival lisboeta, o treinador ‘verde-e-branco’ espera que “o Sporting se apresente bem melhor do que nos jogos com a FJ Antunes”, mostrando-se confiante no sucesso da equipa que comanda: “Os jogadores gostam é destes jogos e, como tal, espero a vitória, assim como uma melhor exibição colectiva.”
O Benfica terminou a fase regular em primeiro lugar, mas isso não faz o técnico leonino temer o adversário: “Respeito como outro adversário qualquer. Sabemos a qualidade que esta equipa tem, e é muita, mas não temo, apenas respeito.”
Qual das duas formações é melhor? “Pela teoria é o Benfica. Ganhou tudo o que havia para ganhar esta época [Supertaça e Taça de Portugal], foi o primeiro classificado na fase regular e, segundo dizem, é a Selecção Nacional. Resta-nos contrariar isso na prática. Nunca o terceiro classificado da fase regular esteve numa final, e isso já começa a incomodar muita gente”, responde Paulo Fernandes.
No último embate entre os dois conjuntos, para a Taça de Portugal, a formação da Luz levou a melhor, vencendo por 5-0. Porém, o técnico dos ‘leões’ não acredita que este facto tenha algum peso psicológico negativo nos seus jogadores. “Não há dois jogos iguais, essa derrota por números mais expressivos apenas aconteceu porque arrisquei o que tinha que arriscar. Em jogos a eliminar o risco tem de ser maior”, considera o treinador leonino, que deixa uma promessa aos apaniguados ‘verde-e-brancos’: “Entrega total de todos nós, em prol de mais uma vitória do Sporting.”

Foto: Futsalsporting.com

Futsal: Os finalistas do Campeonato

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Jogos: 31
Vitórias: 22
Empates: 4 (vitória num dos jogos, mas em penalties)
Derrotas: 5
Maior vitória: 8-0 (casa) ao Boavista (7.ª jornada)
Maior derrota: 2-5 (fora) Pombal (10.ª jornada)
Golos marcados no total: 126
Golos sofridos no total: 68
Melhor marcador: Davi 25 golos (30 jogos)
Jogador mais utilizado como titular: Cristiano (29 jogos)
Jogador com mais jogos: Davi (30 jogos)
Posição na fase regular: 3.º (60 pontos)
Plantel: Cristiano e Pinto (Guarda-redes), Evandro, Chiquinho, Adolfo, Zézito, Bibi, Gonçalo Barão, Nenê, João Matos, Deo, Davi, Guri e Edinho.
Treinador: Paulo Fernandes
Títulos em 2006/2007: Não tem

SPORTING LISBOA E BENFICA

Jogos: 30
Vitórias: 25
Empates: 3 (vitória num dos jogos, mas em penalties)
Derrotas: 2 (ambas frente ao Sporting)
Maior vitória: 13-0 (fora) ao Braga (17.ª jornada)
Maior derrota: 1-2 frente ao Sporting (2.ª e 15.ª jornadas)
Golos marcados no total: 181
Golos sofridos no total: 76
Melhor marcador: Ricardinho 45 golos (30 jogos)
Jogador mais utilizado como titular: Ricardinho (27 jogos)
Jogador com mais jogos: Ricardinho (30 jogos)
Posição na fase regular: 1.º (68 pontos)
Plantel: Bebé, Carlos Paulo e José Carlos (Guarda-redes), Rogério Vilela, Pedro Costa, André Lima, Zé Maria, Gonçalo Alves, Ricardinho, Renan, Sidnei, Jony, Estrela, João Marçal e Amandus.
Treinador: Adil Amarante
Títulos em 2006/2007: Supertaça e Taça de Portugal

Foto de Davi: Futsalsporting.com
Foto de Ricardinho: Hugo Manita

Futsal: Historial de embates no 'derby' lisboeta

Benfica e Sporting mediram forças por 16 vezes em jogos a contar para a principal competição nacional. Analisando o registo de confrontos, conclui-se que se verifica um grande equilíbrio entre os dois emblemas, não obstante o facto de os ‘leões’ terem uma ligeira vantagem. O clube de Alvalade venceu sete jogos, enquanto que o seu vizinho da Segunda Circular triunfou em seis ocasiões. Por três vezes o empate foi o desfecho do ‘derby’, curiosamente sempre com os mesmos números (3-3).
Até há dois anos, a formação da Luz levava uma enorme vantagem sobre o rival ‘verde-e-branco’ (seis vitórias contra duas), porém, desde esse período, as ‘águias’ não voltaram a ganhar. Nos últimos seis embates, o Sporting esteve imparável, vencendo cinco e passando a estar em vantagem no historial dos ‘derbies’ referentes ao Campeonato.
Curioso é o facto de, apesar de registar menos um triunfo que o conjunto leonino, o Benfica ter mais golos marcados. Os ‘encarnados’ obtiveram 54 tentos, ao passo que os ‘leões’ festejaram 49 remates certeiros.

Histórico de confrontos entre os ‘eternos rivais’ para o Campeonato


2001/2002
Sporting – Benfica, 3-3
Benfica – Sporting, 3-1

2002/2003
Sporting – Benfica, 3-3
Benfica – Sporting, 5-2

2003/2004
Benfica – Sporting, 3-5
Sporting – Benfica, 2-0

2004/2005

Benfica – Sporting, 8-5
Sporting – Benfica, 3-4
Sporting – Benfica, 1-3 (a.p.) – [Final Playoff]
Benfica – Sporting, 7-4 (a.p.) – [Final Playoff]

2005/2006
Sporting – Benfica, 5-4
Benfica – Sporting, 3-3
Benfica – Sporting, 2-3 [Final Playoff]
Sporting – Benfica, 5-4 [Final Playoff]

2006/2007
Benfica – Sporting, 1-2
Sporting – Benfica, 2-1
Sporting – Benfica (17 Junho)
Benfica – Sporting (23 Junho)
Benfica – Sporting (24 Junho, se necessário)

Fotos: Futsalsporting.com

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Opinião: Sem esperanças...


Assim que terminou o jogo de estreia da Selecção Nacional no Campeonato da Europa de sub-21, ante a Bélgica, alguns elementos da equipa lusa falaram na obtenção de um bom resultado. Bom resultado era a vitória. Porque dava-nos praticamente o apuramento e porque os belgas, não sendo um conjunto frágil como muitos fizeram crer, estão longe de possuir o potencial das nossas 'esperanças'. Custa vê-los passar e ver a nossa equipa ir de férias… Somos melhores e tínhamos que ganhar. Ponto final.
Assisti ao jogo com a Bélgica em casa de um amigo e, assim que o árbitro apitou pela última vez, não tive dúvidas em dizer-lhe que os nossos jogadores iriam fazer as malas bastante cedo. “Hugo, vamos ser eliminados”, disse-lhe eu, não por ser bruxo, vidente ou ter uma bolinha de cristal em casa. Simplesmente olhei para o calendário e tracei logo o cenário: “Agora vamos perder com a Holanda e a Bélgica ganha a Israel. Depois na última jornada já estou a ver o ‘filme’: ganhamos tranquilamente, por dois ou três, a Israel e no Holanda-Bélgica dá empate. Os holandeses ficam satisfeitos com o primeiro lugar do grupo e os belgas igualmente contentes por seguirem em frente.” Esta foi a minha previsão. A primeira parte já se confirmou e a segunda, estou agora ainda mais convicto, vai também concretizar-se. Oxalá esteja enganado. Oxalá os leitores deste meu espaço venham criticar-me por este discurso. Mas já vi o cenário da calculadora muitas vezes e, como o empate entre holandeses e belgas dá jeito aos dois, não é preciso ser grande adivinho nem muito inteligente para presumir o que dali vai sair…
Resumindo, o empate com a Bélgica só poderia ter sido ‘bom’ para Portugal se o segundo jogo fosse diante de Israel. Aí, poderíamos ganhar vantagem sobre os belgas. Mas como foi ao contrário, ganharam-na eles e agora os nossos jogadores estão condenados a presenciar o Europeu pela TV. Enfim, é a típica mania portuguesa de adiar as coisas... Neste caso, complicar, para não dizer impossibilitar!

* (Com a Holanda a minha previsão podia ter sido errada se não tivéssemos dado 45 minutos de avanço ao adversário…)

terça-feira, 12 de junho de 2007

Internacional: Giggs fala da temporada de sucesso do Manchester United e elogia Ronaldo

O extremo galês concedeu na semana passada uma extensa entrevista à revista do Manchester, Inside United, falando sobretudo da última época.
Cristiano Ronaldo foi mais uma vez elogiado, sendo eleito pelo seu companheiro de equipa como o jogador que mais o impressionou esta temporada. “Não gosto de destacar jogadores, mas a forma como o Cristiano foi consistentemente bom, aliado ao facto de ser jovem, fizeram com que estivesse em destaque. Esta temporada ele esteve brilhante. Não é fácil manter a consistência durante toda a época, mas ele conseguiu-o, e penso que toda a gente reconhece isso”, afirmou o extremo.
Apesar da distinção feita ao internacional português, Ryan Giggs considera que foi a força do grupo que conduziu o conjunto de Old Trafford à conquista do título inglês: “Na minha opinião, o colectivo foi a razão de termos sido tão bons esta temporada. Como equipa e plantel, todos os jogadores contribuíram”, refere, acrescentando: “O treinador disse-nos que todos os elementos da equipa fariam a sua parte. Não é como há 20 anos atrás, ou quando comecei, que havia um grupo de 14/15 jogadores que jogavam e os outros não o faziam. Agora há 22/23 jogadores e todos foram importantes.”
A força do grupo e as boas individualidades estiveram na base do sucesso, mas o ‘camisola 11’ do Manchester United salienta ainda “a estabilidade defensiva” como um factor importante: “Todos os campeões necessitam de uma defesa sólida, e nós tivemo-la (…) Pode jogar-se um futebol mais atractivo e marcar mais golos, quando sabemos que temos um sector defensivo de confiança atrás de nós.”
Os ‘red devils’ foram o ataque mais concretizador da Premier League, apesar de nem sempre conseguirem obter muitos tentos e jogar bom futebol. Nesse sentido, Giggs aponta outro aspecto decisivo no sucesso da equipa: “Tivemos a mistura certa esta época. Por um lado, fizemos muitos jogos bons; por outro, quando não jogámos particularmente bem, conseguimos alcançar bons resultados. Mostrámos que somos capazes de jogar bom futebol, mas que também soubemos sofrer quando foi necessário.”
O extremo do clube de Old Trafford aponta ainda um último factor para o sucesso: a felicidade com os problemas físicos no Chelsea, principal adversário: “Quando eles têm todos os jogadores operacionais, podem fazer duas equipas, e ambas de qualidade. Tivemos sorte porque eles tiveram algumas lesões e nós, até perto do final, quase não as sentimos. No entanto, nas últimas épocas também tivemos lesões que jogaram contra nós… Apesar disso, este ano ganhámos mais por mérito próprio.”
Com o triunfo deste ano, o Manchester United pôs termo à hegemonia do Chelsea na Premier League, algo que constituía um grande aliciante para qualquer emblema inglês, segundo o extremo galês: “Era um grande desafio para nós e para qualquer clube da Liga, porque eles têm capacidade financeira para comprar qualquer jogador que querem.”
Depois do sucesso nesta temporada como será o futuro? Ryan Giggs antevê um futuro risonho para a equipa comandada por Alex Ferguson. “Todos podem ver que temos uma equipa promissora, mas temos que provar a qualidade que temos. Conseguimos ser campeões agora e, felizmente, isso dá-nos a plataforma para continuar a procurar mais títulos”, salienta, destacando a importância deste ser o primeiro campeonato ganho por muitos elementos da equipa: “Para os jogadores que ainda não tinham sido campeões, este título dá-lhes a confiança para saberem que no próximo ano podem conquistá-lo novamente. A experiência de ter ganho o campeonato dá a jogadores como Wayne [Rooney] ou Cristiano o recurso real de saberem o que fazer em certos jogos durante uma corrida ao título.”
O ex-internacional galês, que se despediu da sua selecção no início de Junho, comentou ainda o facto de ter-se tornado o futebolista com mais títulos na Liga inglesa: “É fantástico, e bater o recorde dos dois jogadores do Liverpool, Phil Neal e Alan Hansen, é uma realização que me deixa muito orgulhoso. Mas não estou a pensar no nono título de campeão que ganhei, estou, sim, satisfeito por ter ganho o Campeonato esta época, algo que não aconteceu durante três anos. Termos recuperado o título significa mais para mim do que qualquer feito pessoal (…) Prefiro olhar em frente do que olhar para trás. Apenas penso em ajudar a equipa e ganhar o próximo troféu. Obviamente fico orgulhoso por todos os feitos individuais, mas, quando terminar a minha carreira, há tempo para olhar para o passado. Continuo a sentir que tenho trabalho para fazer. Mesmo depois de ganhar o título esta temporada, quero já ganhar o do próximo ano.”

Foto: Hugo Santos

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Internacional: Os dez guarda-redes com mais golos na História do futebol


Torna-se cada vez mais habitual ver um guardião a fazer o ‘gosto ao pé’. Na passada semana, o Rola a Bola destacou Rogério Ceni, guarda-redes com mais golos marcados na história do futebol mundial, e prometeu apresentar a lista dos dez maiores goleadores da História que jogam na baliza. Analisando estes dados, retira-se facilmente a ilação de que um guardião que actue no continente americano, sobretudo na América do Sul, e na Europa de Leste tem mais apetência para este tipo de situações.
Eis a lista dos dez guarda-redes mais goleadores do futebol mundial:
1.º Rogério Ceni (Brasil) 72 golos - 34 anos *
2. º José Luís Chilavert (Paraguai) 62 golos
3.º René Higuita (Colômbia) 41 golos
4.º Jorge Campos (México) 40 golos
5.º Hans-Jorg Butt (Alemanha) 28 golos - 33 anos *
6.º Dimitar Ivankov (Bulgária) 25 golos - 31 anos *
7.º Marco António Cornez (Chile) 24 golos
8.º Dragan Pantelic (Sérvia) 22 golos
9.º Zarko Lucic (Montenegro) 21 golos
10.º Nizami Sadigov (Azerbaijão) 21 golos

* jogadores em actividade

Europeu sub-21: Nulo na estreia portuguesa


Portugal nunca havia vencido a Bélgica em jogos a contar para este escalão e isso voltou a suceder no jogo inaugural das cores nacionais no Campeonato da Europa. A Selecção Nacional não foi além de um empate sem golos diante dos belgas.
Os portugueses entraram melhor na partida, criando a primeira situação de golo logo aos quatro minutos, num remate ao lado de Manuel Fernandes.
Porém, depois do primeiro quarto de hora, a Bélgica foi senhora do encontro, desperdiçando algumas situações para se colocar em vantagem no marcador, sobretudo na parte final do primeiro tempo, momento em que os pupilos de José Couceiro denotaram a necessidade de que o intervalo chegasse rapidamente.
Na etapa complementar, Portugal surgiu com uma postura mais agressiva no meio-campo, controlou os belgas, mas sem, contudo, conseguir rasgar a defesa adversária. O seleccionador nacional trocou Yannick por Varela, mas o golo não chegaria, pese embora Hugo Almeida e Manuel Fernandes terem estado perto de o conseguir.
No final o resultado acaba por ajustar-se ao desempenho dos dois conjuntos.

PORTUGAL - BÉLGICA, 0-0
Estádio Euroborg (Groningen)
Árbitro: Robert Malek (Polónia)

Portugal – Paulo Ribeiro; Filipe Oliveira, Semedo, Manuel da Costa e José Gonçalves (Antunes, 56'); Miguel Veloso, Manuel Fernandes e João Moutinho (Ruben Amorim, 84'); Yannick (Varela, 65'), Hugo Almeida e Nani.
Treinador: José Couceiro
Bélgica – Bailly; De Roover, Lombaersts, Vermaelen e Pocognoli; Vanden Borre (Overmeire, 89'), Fellaini e Vertonghen; Blondel (De Mul, 75'), Martens (Haroun, 86') e Mirallas.
Treinador: Jean-François De Sart
Acção disciplinar: Cartão amarelo a Hugo Almeida (17'), Mirallas (19') e João Moutinho (36').

HOLANDA ENTRA A GANHAR
No outro encontro relativo ao grupo A, a selecção da casa começou a prova com o pé direito. A selecção'laranja' venceu Israel, por 1-0, e assumiu a liderança do agrupamento. Maduro marcou o tento solitário da partida logo aos dez minutos.

Próxima jornada
(quarta-feira)
Bélgica - Israel (17.15, TVI)
Holanda - Portugal (19.45, TVI)

Foto: Hugo Santos

sábado, 9 de junho de 2007

Europeu sub-21: Será desta?

Portugal é reconhecidamente um dos países com mais tradições no futebol de formação. As selecções nacionais somam triunfos nas mais variadas competições destinadas aos mais jovens (dois Mundiais sub-20, dois Europeus sub-19 e cinco Europeus sub-17), contudo, há uma prova que fugiu à conquista lusa: o Campeonato da Europa de sub-21. Apontado várias vezes como candidato à vitória nesta competição, Portugal nunca foi capaz de subir ao mais alto lugar do pódio, tendo como melhor registo o segundo lugar obtido em 1994. Essa equipa lusitana, onde pontificavam Figo, Rui Costa e João Pinto, entre outros, foi então derrotada pela Itália no jogo derradeiro.
Este ano, a Selecção Nacional volta a entrar no Europeu de sub-21 com legítimas aspirações à conquista do ceptro do ‘Velho Continente’. Nomes como João Moutinho, Manuel Fernandes, Nani e Hugo Almeida, entre outros, dão esperança ao sonho português. Resta aguardar pelo desenrolar da prova durante as próximas duas semanas (de 10 a 23 de Junho) para saber se, finalmente, foi em terras holandesas que as cores nacionais subiram ao topo neste escalão.

GRUPO A
Bélgica
Israel
Holanda
PORTUGAL

GRUPO B
Inglaterra
Itália
República Checa
Sérvia

HEGEMONIA ITALIANA

A ‘squadra azzurra’ é, de longe, a selecção com mais sucesso nesta competição. Em 15 edições, os transalpinos saíram cinco vezes vencedores. Espanha, URSS e Inglaterra ergueram o troféu em duas ocasiões. A completar o lote de campeões europeus sub-21 surgem a França, a Holanda, a República Checa e a Jugoslávia, com uma vitória cada.
Lista de vencedores:
1978 – Jugoslávia
1980 – URSS
1982 – Inglaterra
1984 – Inglaterra
1986 – Espanha
1988 – França
1990 – URSS
1992 – Itália
1994 – Itália
1996 – Itália
1998 – Espanha
2000 – Itália
2002 – Rep. Checa
2004 – Itália
2006 - Holanda

Foto: Hugo Santos

Internacional: Real Madrid muito perto do título espanhol

A penúltima jornada da Liga espanhola foi imprópria para cardíacos. A dois minutos do fim, o Barcelona liderava a tabela com três pontos de vantagem sobre os 'merengues', mas, num ápice, os dois conjuntos voltaram a ficar igualados na tabela, à semelhança do que acontecia à entrada nesta ronda. Assim sendo, o Real Madrid, que tem supremacia sobre os 'blaugrana' no confronto directo, comanda o Campeonato e depende apenas de si próprio para recuperar o título que lhe foge desde 2003.
Em Saragoça, os pupilos de Fabio Capello passaram muitas dificuldades. Por duas vezes Diego Milito bateu Casillas e deu vantagem ao conjunto caseiro, mas também Van Nistelrooy bisou - o último dos golos foi a um minuto do final -, fixando o resultado em 2-2.
Igual desfecho aconteceu no 'derby' de Barcelona, onde também só houve dois marcadores de serviço. Tamudo abriu o activo para o Espanhol, mas, antes do intervalo, Messi voltou a imitar Maradona, desta feita ao marcar com a mão, e fez a igualdade. No segundo tempo o argentino deu vantagem aos 'culés', porém, quando já se fazia a festa em Nou Camp, Tamudo repôs o empate, em período de descontos, e tirou, praticamente, o título de campeão espanhol ao rival da cidade.
Quanto ao outro candidato à conquista do ceptro, o Sevilha, não foi além de um nulo no terreno do Maiorca.

OS CANDIDATOS AO TÍTULO
1.º REAL MADRID 73 pontos
2.º Barcelona 73 pontos
3.º Sevilha 71 pontos

A ÚLTIMA JORNADA
Real Madrid - Villarreal
Nástic - Barcelona
Sevilha - Villarreal

Foto: Hugo Santos

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Internacional: Van Nistelrooy considera "crucial" o jogo de sábado

A luta pelo título espanhol está ao rubro. Real Madrid, Barcelona (ambos com 72 pontos) e Sevilha (70 pontos) travam uma árdua batalha pela conquista do ceptro, a duas jornadas do fim. Os ‘merengues’ estão na liderança, fruto da vantagem no confronto directo com os ‘blaugrana’, mas têm este sábado uma deslocação de risco a Saragoça. “É um jogo crucial e sabemos que não podemos falhar. Temos que estar concentrados, tal como tem acontecido nos últimos jogos. Apenas temos que pensar em ganhar e jogar o nosso futebol”, afirma Van Nistelrooy ao site do clube da capital de Espanha.
O facto de esta partida ser diante de um conjunto que ocupa um dos lugares cimeiros da tabela, mais precisamente o quinto posto, não assusta o goleador holandês: “Temos jogado contra grandes equipas nos derradeiros sete ou oito jogos: Valência, Sevilha... Eram encontros em que também não podíamos falhar, autênticas finais, e não falhámos. O opositor não é importante, temos que nos preocupar unicamente connosco e ganhar os dois jogos que restam [o outro é que o Maiorca]".
Aliás, obter triunfos nos embates que restam é vital para chegar ao título, isto porque o ‘camisola 17’ do Real Madrid pensa que “Barcelona e Sevilha vão ganhar os jogos que faltam”.
Melhor marcador da Liga espanhola, com 23 golos, Van Vistelrooy atravessa um grande momento de forma, contabilizando uma série de seis partidas consecutivas a facturar, mas desvaloriza o seu contributo individual. “Sábado é importante marcar, mas sobretudo ganhar, independentemente de quem marque. A única coisa em que penso é neste encontro e em jogar bem. Só isso. Trabalhámos bastante durante toda a época, por isso vencer o Campeonato será fruto do esforço do grupo”, finaliza o ponta-de-lança.

Foto: Hugo Santos

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Internacional: Rogério Ceni, defender para ele não chega...

Os guarda-redes são decisivos numa partida de futebol. Mas nem sempre essa sua influência no desfecho de um embate está relacionada com uma extraordinária defesa. Ainda este ano, por exemplo, o espanhol Palop foi fundamental no apuramento do Sevilha para os quartos-de-final da Taça UEFA, ante os ucranianos do Shaktar Donetsk, ao marcar um golo.
Neste capítulo, o guardião do São Paulo confirma a tese de que um jogador que actua nessa posição poderá não servir somente para defender. No último domingo, o ‘camisola um’ do ‘tricolor’ paulista apontou o 72.º golo da sua carreira, reforçando ainda mais o estatuto de guarda-redes com mais golos na história do futebol mundial.
Rogério Ceni, que superou os 62 tentos do paraguaio Chilavert em Agosto de 2006, regista agora 28 remates certeiros na marcação de penalties e 44 na cobrança de livres. Curiosamente, o internacional brasileiro, de 34 anos, funciona como talismã para o São Paulo, pois sempre que ‘faz o gosto ao pé’ a sua equipa não perde. Resta aguardar para saber até onde chegará a marca deste guarda-redes…

GOLOS POR COMPETIÇÃO
Campeonato Brasileiro: 29
Campeonato Paulista: 22
Taça Libertadores: 10
Copa João Havelange: 3
Torneio Rio-São Paulo: 3
Copa do Brasil: 2
Copa Mercosur:1
Mundial de Clubes: 1
Copa dos Campeões: 1

PALMEIRAS É A VÍTIMA PREFERIDA
Foram já 43 as equipas que sentiram na pele o poder do pontapé de Rogério Ceni. O Palmeiras, grande rival do São Paulo, é o conjunto a quem o guardião fez mais golos (6).
Lista dos sofredores:
6 Golos – Palmeiras (Brasil)
5 Golos – Cruzeiro (Brasil)
4 Golos – Paraná (Brasil)
3 Golos – Santos, Vasco da Gama e Figueirense (todos do Brasil)
2 Golos – Inter de Limeira, Ponte Preta, Guarani, Portuguesa Santista, Portuguesa Desportos, Coritiba, Atlético Mineiro, Rio Branco, Corinthians, Santa Cruz (todos do Brasil) e Monterrey (México)
1 Golo – União São João, Ituano, Fluminense, Flamengo, Botafogo, São José, América Natal, Grémio Porto Alegre, Internacional, Goiás, América Mineiro, Jundiaí, Mogi Mirim, Atlético Paranaense, Santo André, Marília, Brasiliense, Paysandu (todos do Brasil) San Lorenzo e River Plate (Argentina), Táchira e Caracas (Venezuela), Guadalajara (México), Alianza Lima (Peru), Univ. Chile (Chile) e Al-Ittihad (Arábia Saudita).

*
Na próxima segunda-feira o Rola a Bola apresentará a lista dos dez guarda-redes com mais golos na história.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Selecções Nacionais: Empates com sabores diferentes

Portugal empatou (1-1) com o Koweit - representado pelo Al Salmiya, terceiro classificado daquele país. Perante um fraco opositor, a equipa das ‘quinas’ realizou uma partida muito aquém das expectativas.
Perante um fraco opositor, a equipa das ‘quinas’ realizou uma partida muito aquém das expectativas, ficando a reter a ideia de que os jogos só podem ser fáceis quando a superioridade é evidenciada dentro de campo.
O jogo foi disputado a velocidade reduzida e as ocasiões de golo escassearam. Aos 72 minutos, João Tomás, solicitado por Quaresma, abriu o marcador com um golpe de cabeça.
A dois minutos dos 90, viria, contudo, o 'balde de água fria' com Al-Shakire a repor a igualdade, na marcação de um livre, num lance em que Daniel Fernandes pareceu mal batido.
Depois da estreia de Bosingwa no confronto com a Bélgica, no passado sábado, Scolari fez hoje estrear Bruno Alves e Antunes nos AA.
A Selecção Nacional apresentou-se da seguinte forma: Quim (Daniel Fernandes, 66’); Bosingwa, Fernando Meira (Jorge Andrade, 46’), Bruno Alves e Paulo Ferreira (Antunes, 62’); Raul Meireles, Tiago (Petit, 46’) e Deco (Hugo Viana, 46’); Quaresma, Nani (Duda, 46’) e Hélder Postiga (João Tomás, 46’).

PORTUGAL NAS MEIAS FINAIS EM TOULON

Fruto de um nulo frente à Holanda, a Selecção Nacional garantiu a qualificação para a próxima fase do prestigiado torneio francês. Portugal ficou em segundo lugar no seu grupo, atrás da China (venceu o Gana por 2-1), e vai, por isso, defrontar, esta quinta-feira, a França, líder do outro agrupamento.
Na outra semi-final, Costa do Marfim e China irão discutir um lugar no derradeiro jogo da prova.

Foto: Hugo Santos

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Internacional: Huntelaar, golos é com ele

Depois das aquisições dos médios Nani, Anderson e Hargreaves, o clube de Old Trafford aponta agora baterias para o reforço do sector ofensivo. Huntelaar, dianteiro do Ajax é, segundo algumas notícias vindas a público, o alvo prioritário de Alex Ferguson. O holandês é cobiçado, entre outros, por Newcastle, Juventus e Barcelona. Porém, o Manchester United parece estar mais perto de garantir o concurso deste ‘matador’, de 23 anos. A confirmar-se a transferência, seria, sem dúvida, um digno sucessor do seu compatriota Van Nistelrooy, que deixou os ‘red devils’ no passado defeso.

QUEM É ESTE GOLEADOR?


O futebol do ‘país das tulipas’ tem criado alguns dos pontas-de-lança do top Mundial. Na senda de Marco Van Basten, no passado, e de Van Nistelrooy, presentemente, um novo nome emerge no capítulo dos goleadores holandeses: Klaas Jan Huntelaar.
Originário do De Graafschap, o dianteiro ingressou na escola do PSV aos 16 anos. Contudo, nunca seria aproveitado pelo emblema de Eindhoven, pelo qual só fez um jogo oficial, em 2002/03. Nessa mesma temporada, o atacante voltou ao seu clube de origem, actuando na II Divisão, não tendo feito qualquer golo em nove jogos.
Na época seguinte, ainda ligado ao PSV, Huntelaar foi emprestado ao AGOVV Apeldoorn, também do segundo escalão, mas, desta feita, brilhou. Com 26 golos foi o melhor marcador da II Divisão, conquistando também a distinção de melhor jogador da competição.
Desvinculado da formação de Eindhoven, o ponta-de-lança estreou-se na principal divisão holandesa, em 2004/05, pelo Heerenveen, emblema que representou durante ano e meio. Na primeira temporada obteve 30 tentos em 38 partidas. Em 2005/06 apontou 21 golos em 22 desafios com a camisola azul e branca, facto que lhe valeu a transferência a meio da época para o Ajax. Em Amesterdão deu continuidade à veia goleadora, festejando 24 remates certeiros em 25 encontros. Contabilizando, no Campeonato, 17 golos pelo Heerenveen e 16 pelos ‘lanceiros’, Huntelaar sagrou-se melhor marcador da prova, com 33 tentos. Esta marca permitiu-lhe também ser o ‘artilheiro’ das primeiras divisões mundiais nesta temporada. Mas para fechar em grande, o dianteiro havia ainda de brilhar no Europeu sub-21, realizado em Portugal. Além de a Holanda ter conquistado o ceptro do ‘Velho Continente’ na categoria, o futebolista do Ajax foi igualmente o máximo goleador da competição, com quatro golos.
Na época 2006/07, apesar de não ter obtido o mesmo rendimento, o internacional 'laranja' não deixou de registar uma boa marca: 36 tentos em 51 jogos.

NÚMEROS DE HUNTELAAR

PSV Eindhoven (I Divisão, 2002/03)
Jogos: 1
Golos: 0

De Graafschap (II Divisão, 2002/03)
Jogos: 9
Golos: 0

AGOVV Apeldoorn (II Divisão, 2003/04)

Jogos: 35
Golos: 26

Heerenveen (I Divisão, 2004/05 e 2005/06*)
Jogos: 60 (46 Campeonato, 1 Taça e 13 Europa)
Golos: 41 (34 Campeonato, 1 Taça e 6 Europa)

Ajax ((I Divisão, 2005/06* e 2006/07)
Jogos: 76 (48 Campeonato, 8 Playoff, 9 Taça e 11 Europa)
Golos: 60 (37 Campeonato, 4 Playoff, 9 Taça e 10 Europa)
Títulos: 2 Taças da Holanda (2006 e 2007) e 1 Supertaça Holandesa (2006)

Totais:
Jogos/Golos: 180/127
Jogos/Golos na II Divisão: 44/26
Jogos/Golos na I Divisão: 94/71
Jogos/Golos no Playoff: 8/4
Jogos/Golos na Taça: 10/10
Jogos/Golos na Europa: 24/16

* meia época

Fotos: Hugo Santos