sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Opinião: 'Fair-play' e falta dele...


O Porto anunciou que a sua equipa não voltará a colocar a bola fora do terreno de jogo para que os jogadores adversários possam ser assistidos. Segundo os ‘dragões’, cabe ao árbitro o papel de aferir da necessidade dos atletas serem assistidos e, consequentemente, de se proceder à interrupção da partida.
Irá, por certo, haver quem critique esta medida dos portistas. No entanto, eu sou um dos que são a favor. E porquê? Ora o que é o ‘fair-play’? Traduzida à letra, esta expressão significa jogar de forma justa. Se todas as equipas aplicassem o verdadeiro ‘fair-play’, poderia ver esta medida do Porto de forma diferente. Infelizmente, não é o caso.
Ainda que não oficialmente, ficou convencionado que uma equipa deve atirar a bola para fora das quatro linhas quando um jogador está caído no chão. E o que daí resultou? Na maioria dos casos, o anti-jogo. As simulações de lesões passaram a fazer parte do menu de algumas equipas que, face a resultados que lhes convêm, pretendem queimar tempo ou quebrar o ritmo de jogo dos seus antagonistas. Quantas vezes assistimos a jogadores caídos no relvado a rebolarem com pretensas dores e que depois, quando são retirados do relvado, se levantam prontamente para reentrar em jogo? Infinitas. Isto é ‘fair-play’? Não. É o aproveitamento do ‘fair-play’ do adversário. Como tal, acaba por ser ainda mais injusto para quem joga de forma justa.
Na minha opinião, não só o Porto decidiu bem, como também as outras equipas, sobretudo as ditas grandes, deveriam adoptar a mesma norma. Certamente, o reduzido tempo útil de jogo das partidas em Portugal iria, pelo menos, subir um pouco.

TÓPICO DE DISCUSSÃO
1 -
Concorda com a medida tomada pelo Porto?

6 comentários:

Gerson Sicca disse...

Esse negócio de jogo limpo virou bagunça. Qqer caída a bola vai pra fora. O Porto tá certo. Tem q mandar pra fora só se for lance feio.

Anónimo disse...

Concordo. Concordo com a decisão e estou plenamente de acordo com a tua opinião expressa no texto. O árbitro que decida se é uma situação que justifique a paragem do jogo ou não. Face ao anti-jogo das equipas, acho que foi uma medida correctamente adoptada. Agora espero que o meu clube não caia na estupidez de reivindicar o contrário durante um jogo só porque lhe convém.
Falar é fácil, mas cumprir nem sempre o é, ainda mais quando talvez não jogue muito a nosso favor.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a medida tomada pelo FC Porto e tb acho que outros a deviam seguir.

Anónimo disse...

Parece-me uma medida justa, conforme é bem retratada no texto; com frequência as equipas incorrerem em "deficit" de Fair Play, recorrendo a simulações para queimar tempo e quebrar ritmo de jogo.
O árbito que decida, pois em principio se não marca falta foi porque não há justificação para a fita; se fica com dúvida que decida...não cabe aos jogadores que muitas das vezes estão fora da zona do choque que enviam a bola para fora!

Anónimo disse...

Se isso reduzir o nivel de ronha que infesta o campeonato português, em que um toquezinho é uma doença terminal, é uma boa decisão.
E já agora que não se venham queixar os do porto quando alguém lhes retribuir a gentileza.

Anónimo disse...

Sou adepto do Benfica, e como todos os Benfiquistas, detestamos o Futebol Clube Do Porto.
Mas não é por essa razão que não consigo ver e entender as boas medidas, e aceitar quando elas são para o Bem da verdade do futebol Português.
Aceito, e acho que é uma boa medida, mas nunca me esqueço que o maior no teatro da "ronha" é o Porto, ainda me lembro da "Ronha" do paulinho Santos, que ao sair de maca (coitados dos Bombeiros, terem que levar jogadores na maca) vez o sinal de "Tudo-bem" com o dedo.
Mas deixamos isso para lá, são águas passadas e sei muito bem que quase todos os clubes utilizam essa forma de matar uma jogada.
Eu já Joguei Futebol de 11 e Futsal federado, agora continuo a jogar Futsal, e sei muito bem que 90% das lesões são "treta" e que a maior parte delas passam no mesmo segundo, e que os outros 8% podemos sair do campo a pé se assim tivermos vontade e desejo de sermos assistidos pela equipa médica.
e os restantes 2%, são lesões de alguma gravidade, e que mesmo essas, no momento em que foram feitas qualquer jogador consegue se levantar e andar seja para onde for (para fora do campo) e não é por aí que vêm o mal ao mundo, isso sim deveria ser uma regra, os jogadores sairem do campo pelo seu próprio pé(há excepçôes, mas são raras)e claro, tirando o guarda-redes.
E no outro dia li uma artigo do treinador do Belenenses, "Jorge Jesus", falar das substituições, que elas deveriam ser feitas sem nenhuma paragem de jogo, que o 4ª árbitro estava lá para as fazer (como o futsal), mas claro com o mínimo de 3 por jogo, acho que seria uma regra de ouro, e uma nova maneira dos treinadores trabalharam durante os jogos e não ficarem, como alguns, sentados no banco como se nada se está a passar nos jogos (um jogo é um espectáculo, e como tal, os treinadores fazem parte dele).
Outra das boas medidas, e que eu sempre defendi e que iria contra as percas de tempo durante todo o jogo, seria para o cronometro sempre que há uma paragem de jogo, assim acabávamos com os critérios de cada árbitro, e os 3 minutos de desconto, quando na realidade, são muitas vezes superiores a 10 minutos por cada parte do jogo.
Ou acabar com os apanha-bolas do próprio clube (há tanto dinheiro no meio, que não se gastaria nada em ter apanha-bolas da própria liga, UEFA ou federação), é uma das piores coisas que se podem ver num jogo de futebol os apanha-bolas nos últimos minutos desaparecerem com as bolas.




Ass: Helder Sobreira